Blog Farmácia Postado no dia: 30 julho, 2020

Farmácias perdem lucratividade sem apostar na venda de produtos pet

Em um país onde existem mais pais e mães de pets do que de crianças, o varejo farmacêutico perde uma importante fonte de lucratividade. A venda de itens para cães, gatos e outros animais domésticos agregaria valor à cesta de produtos e atenderia a uma necessidade imediata dos consumidores, já que as farmácias e drogarias não perderam o fluxo de clientes na pandemia.

“A Covid-19 aumentou a venda de produtos para banho em casa e as farmácias podem capturar essa oportunidade, surpreendendo seus clientes, aumentando o tíquete médio de venda com um produto de forte apelo emocional”, avalia Gabriel Favoretto, fundador da Petlab, empresa de cosméticos veganos para cães à base de extratos naturais de plantas e que participou de workshop promovido pelo Sincofarma/SP nesta terça-feira, dia 28.

Por meio de uma liminar concedida ao próprio Sincofarma/SP, a comercialização de produtos de conveniência ou alheios nas farmácias e drogarias do estado de São Paulo é permitida desde 2011. “A Anvisa recorreu da decisão e, desde então, o processo se encontra em segunda instância no Tribunal Regional Federal em Brasília para julgamento de apelação”, afirma André Bedran Jabr, coordenador do departamento jurídico do Sincofarma/SP.

Além disso, outros 17 estados contam com leis e ações judiciais coletivas que autorizam a venda desses produtos, de acordo com Rafael Espinhel, também consultor jurídico da entidade.

Números do mercado

O Brasil tem a segunda maior população pet do mundo, com 55,1 milhões de cães e 24,7 milhões de gatos, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), perdendo somente para os Estados Unidos. Trata-se de um mercado que movimentou R$ 36,2 bilhões em 2019 e de um nicho de grande potencial para as farmácias e drogarias.

Dados da Euromonitor posicionam o Brasil como o quarto maior faturamento pet no mundo. “Estamos falando de uma receita de R$ 3 bilhões em 2019, o que demonstra que há muito espaço para ser explorado”, ressalta.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico – Acessado em: 30/07/2020