Blog Farmácia Postado no dia: 10 maio, 2022

Cresce participação da população na notificação sobre medicamentos

Se por um lado a pandemia de Covid-19 trouxe insegurança e desinformação sobre medicamentos e vacinas, por outro, ela ampliou o debate sobre o assunto e incentivou a sociedade a ficar mais atenta aos possíveis efeitos adversos desses produtos. Pelo menos é o que sugerem os dados do VigiMed. Esse sistema foi disponibilizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a sociedade relatar qualquer suspeita de efeitos inesperados dessas substâncias. De 2018 a 2021, o número de notificações passou de 45 mil para cerca de 74 mil.

O VigMed é um instrumento à disposição da agência que foi super utilizado no período da pandemia, não só pelo setor regulado, mas pelo cidadão e pelos profissionais da saúde. É uma ferramenta de sensibilidade da Anvisa para que possam estar em contato com o que a vida real nos traz de pragmático e de efetivo para que isso possa impulsionar os alertas e avaliações que a Anvisa é convidada e deve fazer para que possa exercer sua competência de farmacovigilância com absoluto vigor técnico”, ressalta o diretor da autarquia, Alex Machado Campos.

As informações sobre o Vigimed foram divulgadas durante webinar virtual pelo Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos lembrado em 05 de maio. A ideia da agência é aperfeiçoar o funcionamento do sistema. A gerente de Farmacovigilância da autarquia, Helaine Capucho, comemorou o crescimento da participação popular nas notificações do sistema. Esses comunicados passaram de, praticamente zero, para quase 37% em quatro anos. Para a farmacêutica é importante a população se conscientizar cada vez mais sobre o tema. “Nós precisamos de fato fortalecer a vigilância dentro das casas. Precisamos a sociedade pra perto, entender a importância da farmacovigilância, notificar a empresa, notificar a Anvisa para que possamos melhorar o uso do produto. Ninguém quer um produto sendo mal utilizado, causando danos ao paciente, queremos maximizar os benefícios do produto e minimizar os riscos. E esse é o papel do gerenciamento de riscos”, frisou a farmacêutica.

Fonte: CFF. Acesso em: 10/05/2022.