O Conselho Regional de Farmácia do Estado do Pará (CRF-PA) acusa o Conselho Federal de Farmácia (CFF) por um suposto envolvimento em corrupção e improbidade administrativa. A entidade encaminhou um ofício ao Ministério Público Federal, na última quinta-feira, dia 28.
O documento tem a assinatura da presidente do CRF-PA, Cinthya Francinete Pereira Pires. O ofício inclui o pedido de denúncia do presidente Walter Jorge João, da vice Lenira da Silva Costa, do secretário-geral Erlandson Uchôa Lacerda, do tesoureiro João Samuel de Morais Meira e do agente administrativo Armando Sérgio Correa Pimentel. Além disso, faz menção ao envolvimento de outros 26 conselheiros federais.
A acusação diz respeito a uma suposta omissão na investigação de pagamentos duplicados de diárias a Walter Jorge João, em 2008, pelo CFF e CRF-PA, além do pagamento indevido de diárias a Armando Sérgio Correa Pimentel entre 2012 e 2018, “uma vez que o mesmo é funcionário do CRF-PA e nunca efetuou qualquer viagem pelo CFF”.
O CRF-PA alega ainda que vem sofrendo perseguições desde que levantou essas possíveis irregularidades, o que motivou a acionar o Judiciário.
Resposta do CFF
O CFF emitiu uma longa e contundente nota oficial em seu site, em que “torna pública sua repulsa ao uso político do Conselho Regional de Farmácia do Pará (CRF-PA) pela atual gestão”.
Para o conselho federal, “causa perplexidade que o CRF-PA, em vez de cumprir suas atribuições legais, de fiscalização da atividade farmacêutica e defesa da saúde pública está sendo usado em uma campanha de difamação do CFF e de seus conselheiros federais como cortina de fumaça para desviar a atenção de sérias acusações que levaram, durante a Operação Transparência Álcool 70%, conduzida pelo Ministério Público daquele estado, à prisão do presidente do CRF-PA, Daniel Jackson Pinheiro Costa, por desvio de R$ 2.869.200,00 da Secretaria Estadual de Saúde do Pará (SESPA)”.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico. Acessado em: 02/02/2021