Blog Farmácia Postado no dia: 16 dezembro, 2021

O uso do canabidiol por atletas de alto rendimento

A Universidade de São Paulo (USP) tem a maior produção científica mundial sobre o canabidiol. Já é comprovado que a substância auxilia no tratamento de epilepsia e, também, atenua significativamente a alguns sintomas da esclerose múltipla.

Nos esportes de alto rendimento, a substância é permitida pela Agência Mundial Antidoping (WADA), sendo que o uso do CBD é a única substância do gênero que é permitida em competições esportivas. Motivação a partir da qual, apesar de ser uma droga ilícita na maioria dos países do mundo, o uso da cannabis é bastante difundido no meio dos atletas olímpicos.

Seu uso pode ser feito via inalação ou via ingestão (a qual leva a uma absorção mais lenta, com efeitos de pico ocorrendo entre 1,5 e 3h após consumo). Em termos moleculares, o canabidiol é bem parecido com o tetrahidrocanabinol – o THC, com a principal diferença de que o primeiro tem propriedades psicoativas (as que causam alterações nas funções cerebrais), enquanto que o CBD não tem quaisquer efeitos narcóticos.

No corpo do atleta, os principais benefícios estão relacionados a dois de seus principais constituintes: o delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD). Um dos principais efeitos buscados por eles são antiansiolíticos e relaxantes musculares. Algumas pesquisas apresentaram o potencial benéfico na qualidade do sono, assim como para a diminuição da dor em lesão traumática leve, e na recuperação de concussões.

As duas substâncias também possuem a capacidade de quebrar a homeotase cardiovascular, o que pode melhorar consideravelmente o desempenho esportivo, dependendo da modalidades do exercício e de suas demandas energéticas.

Mesmo sem estudos conclusivos, em muitos países o consumo de produtos relacionados ao CBD se disseminaram amplamente. Nos Estados Unidos, um dos maiores consumidores, o mercado deve faturar quase US$ 20 bilhões até 2025.