A pandemia ressaltou o papel da farmácia como hub de saúde. E por ser uma atividade considerada essencial, foi um dos poucos estabelecimentos que permaneceram abertos durante a quarentena. Esse contexto fez crescer a demanda por seguros patrimoniais com inclusão de coberturas específicas para o segmento. A MAPFRE registrou um crescimento de 113% na procura por esse tipo de apólice nos últimos dois anos.
Com cerca de 2.300 clientes do segmento farmacêutico, a MAPFRE quer chegar a 5 mil até 2024. Entre as chamadas coberturas do cotidiano, a empresa elenca a responsabilidade civil, que ampara o empresário em caso de danos e sinistros ocorridos por erro de aplicação de vacinas, risco de tumultos, danos morais, custeio de despesas com aluguel, contabilidade e folha de pagamento dos funcionários para os casos em que ocorrer incêndio no estabelecimento.
“Direcionamos nossos esforços para mostrar aos clientes que existem soluções e proteção para outros tipos de riscos relacionados ao dia a dia na gestão da empresa, que vão além de roubos, vendavais, incêndios e danos elétricos”, explica Ivan Marcos dos Santos, superintendente de seguros massificados da MAPFRE.
Concentração no Sul e Sudeste
Outra cobertura com bastante demanda pelo canal farma refere-se ao descongelamento de vacinas por oscilação de temperatura decorrente da falta de energia. “Sinistros acontecem todos os dias, são frequentes e passaram a ser o grande chamariz para a aquisição do produto”, ressalta Santos. Segundo o executivo, de 90% a 95% dos contratos fechados nos últimos dois anos contemplam essa cobertura.
As regiões Sul e Sudeste detêm 60% dos clientes contratantes. Já o Norte e o Nordeste têm a menor quantidade de oferta para os clientes, mas a conversão dos produtos é muito maior. Nos últimos anos, a companhia observou maior procura pelas farmácias independentes por esse tipo de seguro, principalmente para aquelas lojas que funcionam 24 horas, o que demanda uma necessidade maior de proteção.
Fonte: Panorama Farmacêutico. Acesso em: 03/12/2021.